quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Terror do Romance

Sweet Jane arrastou suas sapatilhas de plástico pela locadora.
Parou. Sorriu.
Ora, que ironia a prateleira de Terror estar bem ao lado do Romance. Jane chacoalhou os cachos de uva e prendeu os lábios para não rir, não seria ainda mais irônico os filmes qual ela queria alugar estarem lado a lado apenas separados pelas prateleiras?
Fitou-os com os olhos de tempestade e um sorriso de canto. Alguém ainda duvida que ela escolheria o romance?
Sweet Jane e sua teimosia patética. Mesmo sabendo que mal iniciaria o filme e já debulharia-se em lágrimas e sentiria o coração ser massacrado por seus sentimentos exagerados, sofreria, mesmo que pouco.
Céus! Por quê não escolhera o terror? Teria lhe agradado mais. Não, não teria.
Jane prefere o que lhe deixa sem chão e lhe mata aos poucos, mas consegue digerir fracamente.
Teimosia patética. Teimosia romântica. Teimosia que confesso invejar, pois a carrega não só com o cérebro, mas – metaforicamente – com o coração e deixa fluir até as veias que a olho nu são azuis, mas lotadas do mais puro e vermelho amor.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Será possível amar ainda mais essa personagem? As reflexões de Sweet Jane são o mais puro amor! Estou completamente envolvida por elas. Ah, as metáforas... Chegam a parecer mais reais do que a própria realidade. Bem que as veias poderiam ser pintadas de vermelho, graças a esse amor.
    Amei!
    (Perdão pelo comentário anterior. Esqueci de algo e tive que apagar)
    Beijos ~

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